segunda-feira, 29 de maio de 2017

The Fires of Heaven

Dando continuidade à "leitura" (acho que vou passar a usar o termo "escuta", pra facilitar a minha vida...) da série Wheel of Time, concluí o quarto livro, The Fires of Heaven.

Ates de mais nada, aquele aviso amigo: vão haver revelações sobre a trama adiante. Tento fazer o mínimo possível disso, mas alguma coisa sempre escapa quando se está resenhando um livro. Se não quer nenhuma revelação, simplesmente pule os próximos dois parágrafos.

Assim como o livro anterior, The Fires of Heaven não leva a trama muito adiante.O livro foca, principalmente, na exploração das culturas estabelecidas até aqui, no alcance do One Power e estabelecimento de mais regras de channeling e algumas intrigas palacianas. De fato, apesar de termos a participação proeminente de dois forsakens (e mais um deles batendo as botas) e um Hero of the Horn (finalmente! Tava doido pra que algum desses caras aparecessem!), nada além da derrocada do Shaido e de uma relativa reunião dos outros clãs de Aiel e da subsequente tomada de Andor por Rand realmente acontece no livro. E ainda assim, os principais acontecimentos só se desenrolam do meio pro fim do livro.

Uma das escolhas que mais me chamou atenção nesse livro foi a total ausência de Perrin, que é meu personagem favorito, no livro. Apesar de reunir praticamente todos os outros personagens, depois de quatro livros com várias linhas de histórias narrativas independentes, não ficamos sabendo de nada do que se passou em Two Rivers durante o desenrolar dos acontecimentos do livro. Uma pena. Estou honestamente curioso pra saber como vai se desenrolar a história do ferreiro, tanto no mundo real quanto no Sonho dos Lobos.

Algo sobre o que não falei ainda, mas me deixa extremamente impressionado a cada livro, é a habilidade de Jordan em representar personagens femininos e masculinos de forma completamente distinta. Apesar de algumas resenhas (feitas, obviamente, por mulheres) acusarem o autor de sexista, eu não entendo como, exatamente, caracterizar personagens de gêneros distintos de formas diferentes é sexismo. Apesar de terem falhas e qualidades bem agudas, é interessantíssimo ver um autor que se preocupa em representar de modo diferente o modo de pensar e agir de personagens de gêneros diferentes. De fato, considerando que o cenário de Wheel of Time é basicamente medieval fantástico, eu acho impressionante o fato dele se preocupar em criar personagens femininas que são, de fato, mais importantes e poderosas do que os homens. Sim, o protagonista da história é um homem, mas as mulheres são SEMPRE retratadas como sendo as verdadeiras detentoras e manipuladoras do poder - seja através de inteligência, seja através de poder bruto.

Apesar da lentidão que este e o livro anteriores se desenrolam, eu tenho que dizer que gosto mais e mais da história da série, dos personagens e do modo de escrita de Jordan!

Assim como o resto da série, leitura fortemente recomendada!

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