quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Dragons of Winter Night

Dando continuidade à história da trilogia de dragonlance, o inverno chega à Krynn e com ele chegam os dragões azuis! Enquanto Verminaard assola Ansalon com seu grande dragão vermelho, agora é hora de vermos os dragões azuis revoando sobre o continente.

Falando em dragões, eu não falei sobre o cenário ou os personagens na resenha de Dragons of Autumn Twilight, me atendo mais aos antecedentes dos livros e do tema geral da narrativa. É hora de falar do cenário e dos personagens.

Ansalon é um dos continentes do mundo de Krynn, que vêm sofrendo com o aparecimento de dragões e guerras que vêm ocorrendo desde que os deuses, antes presentes no cotidiano, se foram do mundo. Sem sacerdotes para guiarem e protegerem o povo, com charlatões em cada esquina e tiranos capazes de controlar dragões, Ansalon parece muito com o Brasil: corrupção desenfreada, forças militares desacreditadas, povo dividido em grupos extremistas incapazes de dialogar, todo mundo tentando salvar seu couro, mesmo que isso signifique pisar nos outros no processo.

Dentro desse caos completo, os protagonistas do livro, formado por um grupo de amigos que voltam a se reunir depois de passarem cinco anos errando por Ansalon em busca de qualquer vestígio sobre os deuses que abandonaram Krynn. Tasselhoff Burrfoot, um Kender quintessêncial (mão leve, tirador de sarro, irritante e incapaz de perceber qualquer uma dessas características em si mesmo), Flint Fireforge, um anão cuja rabugisse representa o arquétipo de sua raça, Sturm Brightblade, um Cavaleiro de Solamnia e bastião do código de sua irmandade, Raistlin e Caramon Majere, irmãos gêmeos que não poderiam ser mais diferentes: enquanto Raistlin é um mago com um corpo alquebrado e uma mente afiada, Caramon é um guerreiro poderoso mas incapaz de extrapolar situações. E, liderando o grupo, Tanis Halfelf, um meio-elfo (como seu nome implica), lutando para encontrar seu lugar no mundo enquanto precisa liderar os aventureiros adiante.

à esse grupo se juntam Goldmoon e Riverwind, bárbaros das planícies e portadores de um artefato que pode mudar o destino de Krynn.

Quase acidentalmente, o grupo acaba se tornando a única esperança contra as revoadas de dragões que ameaçam o continente, fugindo de amaças que não podem enfrentar e tentando encontrar um meio de combater o mal que avança sobre o mundo.

Sim, é uma trama extremamente maniqueísta, mas é justamente pelo fato de todos os personagens terem muitos tons de cinza, e não serem apenas arquétipos de heróis perfeitos o que torna a jornada deles tão interessante de acompanhar!

Ou, na verdade, o que me agradou no livro tenha sido justamente o fato de ser uma clássica história do bem contra o mal, com heróis lutando pelo que é certo, algo que, há algum tempo, eu não "lia".

Um livro divertido, bem escrito e interessante, principalmente nesses tempos em que os anti-heróis se tornaram tão populares.

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