sábado, 13 de agosto de 2011

Terra Imperial


Quando comprei esse livro - por R$ 1,00 - eu estava simplesmente procurando um passatempo. Estava com escassez de leitura, e fui no "balaião" da Monte Cristo pra ver se achava alguma coisa pra ler. No meio de um monte de romances água-com-açucar normais de serem encontrados entre livros em promoção, ví essa capa - essa mesma, já que não consegui uma foto mais decente na internet, e acabei scanneando a minha cópia; Sim, ela tá demolida; já chego lá!

Peguei o livro na hora, e apesar de ter dado ainda uma olhada nos outros títulos, eu sabia que ia ser esse o livro que eu ia levar.

Bom, é preciso dizer algumas coisas sobre a escolha: Eu peguei o livro pela capa. Foi o desenho que me atraiu. O nome podia ser qualquer coisa, porque eu sabia que o livro era de ficção, e era isso o que importava. E o autor? Bom, pode parecer bem idiota, mas quando eu lí o nome "Arthur Clarke" na capa, pensei "Hum, deve ser algum escritor babaca que teve a sorte de ter o nome parecido com o carinha do 2001... E Clark não tem E, acho..." porque faltava, alí no meio, o "C.". Sim, porque eu SEMPRE ouvi falar erm Arthur C. Clarke; mesmo quando alguém pronuncia o nome do sujeito, ele pronuncia assim, por extenso: "ártur cí clarc", e não simplesmente "ártur clarc". Então não desconfiei que fosse mesmo O Arthur C. Clarke! Alias, só descobri que era ele mesmo quando, depois de terminar a história em sí, lá nos agradecimentos, estava o nome do sujeito com aquele emblemático "C." entre o "Arthur" e o "Clarke". Junte-se à isso o fato do livro estar num balaião... O Oscar, depois me explicou: A capa tava tão detonada que ele não teve coragem de cobrar mais de um pila pelo livro. Bom, feliz eu!

Então, posso dizer que lí o livro sem nenhum tipo de expectativa. E, claro, o livro é fabuloso! É basicamente a história da viagem da segunda geração de clones de uma dinastia que praticamente comanda Titã, a lua de Saturno, que vai à terra para participar do evento de 500 anos da assinatura da Declaração de Independência dos EUA, e no processo criar a nova geração clonada da dinastia McKenzie.

Sim, é um livro tipicamente estadunidense, que descreve como, num futuro nem tão distante, os mais importantes homens de todo o sistema solar se reúnem na terra para prestigiar um evento dos EUA, num momento histórico em que, aparentemente, todo o planeta terra E as colônias do sistema solar inteiro seguem as regras dos "americanos" sobre conduta e bons costumes... Enfim...

Aforando-se isso, que, na verdade, é apenas o pano de fundo para uma excelente história de reflexão sobre o impacto da tecnologia no dia-a-dia dos seres humanos, quais os rumos que deveríamos seguir, quais poderíamos seguir e como os referenciais de cultura são importantes para a humanidade, temos um excelente livro sobre auto-descoberta. Sobre como, as vezes, uma pequena decisão, ou mesmo um pequeno conhecimento podem ser o ponto focal de todo o resto da vida de um ser humano.

apesar de muitos dos dados científicos que o autor levanta fugirem completamente do que eu particularmente poderia chamar de entendimento, as questões técnicas sobre gravidade, navegação interplanetária e fenômenos naturais de Titã dão um sabor especial ao livro, que provavelmente seria uma obra bastante chata se focasse simplesmente na viagem de um imigrante estadunidense, digamos, no japão, voltando de navio para o primeiro centenário da assinatura da independência... Lógico, que nesse caso não teríamos o final de Terra Imperial - ele seria, se não impossível, muito pouco plausível!

Enfim! É um bom livro, com um teor otimista para o futuro da humanidade e da terra, com uma boa história com subtramas interessantíssimas e uma narração bastante peculiar, que me ganhou já nos primeiros capítulos!

Um comentário:

  1. e tão bom né quando livros aleatórios são uma excelente surpresa. Admito que fiquei com vontade de ler esse, assim, numas férias na praia, na sombra de um guardasol tomando uma cervejinha; ou na beira da piscina, tomando tb uma cervejinha : )

    ResponderExcluir